As interrupções da gravidez na prática obstétrica: recurso terapêutico vs aborto provocado

Autores

  • Mauricio Besio Rollero Pontificia Universidad Católica de Chile

Resumo

No tema do aborto provocado, em geral, e do aborto chamado “terapêutico” em particular, se envolvem valores importantes para os individuos e para toda a população. Existe muita confusão a respeito dos termos empregados para nominar as distintas ações que os médicos obstetras decidem realizar nas situações clínicas que apresentam as suas pacientes. Este trabalho pretende precisar quais interrupções de uma gravidez correspondem a ações não somente lícitas senão obrigatórias para um médico, por corresponder aos fins da medicina, e quais são abortos provocados. Para isso se analisa o fim da profissão médica e a quem deve o profissional da saúde outorgar sempre os seus cuidados. Realiza uma reflexão sobre a diferença entre conceito, critérios e sinais para distingui-los quando falamos de viabilidade fetal e de aborto provocado. A partir dessa perspectiva, estabelece o conceito de aborto provocado, buscando seus traços necessários e evitando a confusão com os critérios e sinais utilizados para reconhecer essa realidade num caso particular. Finalmente, deduz os critérios e sinais de uma interrupção de uma gravidez em harmonia com os valores da medicina.

Palavras-chave:

ética médica, aborto induzido, interrupção da gravidez, aborto terapêutico